top of page

Você já ouviu falar em DOC Bancário?

O Documento de Ordem de Crédito (DOC) foi uma das modalidades de transferência eletrônica mais tradicionais no sistema bancário brasileiro, permitindo a movimentação de valores entre diferentes contas bancárias. No entanto, é importante ressaltar que o DOC foi descontinuado para Pessoas Físicas e Jurídicas no dia 15 de janeiro de 2024, com a data limite para processamento de agendamentos sendo 29 de fevereiro de 2024. Atualmente, ele pode existir apenas para operações entre instituições financeiras.


História do DOC no Brasil


O DOC foi criado em 1985 pelo Banco Central do Brasil. Por quase 40 anos, ele foi uma ferramenta essencial para as transferências interbancárias no país, juntamente com outras modalidades como a Transferência Eletrônica Disponível (TED). Com o passar do tempo e o avanço da tecnologia, surgiram alternativas mais rápidas e eficientes. A principal delas foi o Pix, lançado em outubro de 2020, que revolucionou a forma de fazer pagamentos e transferências no Brasil, oferecendo transações instantâneas, 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem custos para pessoas físicas.

A popularização do Pix tornou o DOC obsoleto, levando o Banco Central e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) a anunciar sua descontinuação. O processo de encerramento foi gradual, com o último dia para envio ou agendamento de DOCs em 15 de janeiro de 2024, e o prazo final para o processamento de agendamentos em 29 de fevereiro de 2024.


Como funcionava o DOC (antes da descontinuação para PF/PJ)


O DOC permitia a transferência de valores de uma conta para outra, mesmo que em bancos diferentes. Havia um limite máximo de R$ 4.999,99 por transação. O dinheiro, geralmente, era creditado na conta do beneficiário no dia útil seguinte à realização da operação, se feita até as 21h59. Caso a transferência fosse realizada após esse horário, o valor só seria creditado no segundo dia útil.

Para realizar um DOC, era preciso ter os dados do beneficiário, como nome completo ou razão social, CPF ou CNPJ, número do banco, agência e conta. As operações podiam ser feitas por Internet Banking, aplicativos bancários, terminais de autoatendimento ou diretamente nas agências. As transferências via DOC estavam sujeitas a tarifas, que variavam de banco para banco e dependiam do canal utilizado para a operação (online ou presencial).


Vantagens (históricas) do DOC


Embora obsoleto atualmente para transferências entre pessoas físicas e jurídicas, o DOC teve suas vantagens em seu tempo:


  • Alcance: Permitia a transferência de dinheiro entre contas de diferentes bancos, o que era fundamental antes de opções mais modernas.

  • Acessibilidade: Era possível realizar a operação por diversos canais (Internet Banking, app, caixas eletrônicos, agências).

  • Agendamento: Oferecia a possibilidade de agendar a transferência para uma data futura.

  • Custo (em alguns casos): Em algumas situações, podia ter tarifas mais baixas que a TED, dependendo do banco e do canal.

  • Prazo limite para operação: O DOC podia ser feito até mais tarde (21h59) em comparação com a TED (17h), embora o crédito fosse no dia seguinte.


Desvantagens do DOC


As desvantagens do DOC, especialmente após o surgimento de tecnologias mais avançadas, foram os principais motivos de sua descontinuação:


  • Prazo de compensação: O maior ponto fraco. O dinheiro não caía na hora, levando um dia útil (ou mais) para ser creditado, o que o tornava lento para necessidades urgentes.

  • Limite de valor: A transação era limitada a R$ 4.999,99, impedindo transferências de valores maiores, que exigiam o uso da TED.

  • Custos: Embora pudesse ser mais barato que a TED em alguns casos, ainda havia cobrança de taxas, ao contrário do Pix.

  • Burocracia: O processo de preenchimento de dados e a espera pela compensação eram menos práticos em comparação com as alternativas mais recentes.

  • Obsoleto: Com a chegada do Pix, que oferece gratuidade e instantaneidade, o DOC se tornou uma opção ineficiente e sem sentido para a maioria das transações.


Em resumo, o DOC cumpriu seu papel no sistema financeiro brasileiro por décadas, mas a evolução tecnológica e a necessidade por transações mais rápidas e eficientes levaram à sua substituição por métodos como o Pix.

Comentários


© 2024-2025 dinheirosuado.com. Todos os direitos reservados.
O Dinheiro Suado preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo publicado, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

bottom of page