Você já ouviu falar em SPREAD BANCÁRIO? Eu explico.
- Márcio Silva

- 24 de mai.
- 1 min de leitura
O spread bancário é a diferença entre a taxa de juros que os bancos pagam para captar recursos (como em depósitos de poupança ou CDBs) e a taxa de juros que cobram ao conceder empréstimos ou financiamentos (como crédito pessoal, hipotecas ou cartões de crédito). Essa diferença é uma das principais fontes de lucro dos bancos.
Como funciona:
- Captação:
Os bancos remuneram depósitos com juros baixos. Por exemplo, pagam 2% ao ano em um CDB.
- Empréstimo:
Emprestam esse dinheiro a taxas mais altas, como 10% ao ano em um empréstimo pessoal.
- Spread:
A diferença (10% - 2% = 8%) é o spread, que cobre custos operacionais, riscos de inadimplência e gera lucro.
Fatores que influenciam o spread:
Risco de crédito: Empréstimos com maior risco (ex.: sem garantia) têm juros mais altos, aumentando o spread.
Custos operacionais: Despesas com agências, tecnologia e pessoal impactam o valor.
Inadimplência: Bancos elevam o spread para compensar perdas com clientes que não pagam.
Regulação e impostos: Normas do Banco Central e tributos podem encarecer operações.
Concorrência: Em mercados competitivos, o spread tende a ser menor para atrair clientes.
No Brasil, o spread é historicamente alto devido a fatores como risco econômico, inadimplência elevada e carga tributária alta.
Por exemplo, segundo o Banco Central, em 2024, o spread médio para pessoas físicas em operações de crédito chegou a cerca de 30% ao ano em algumas modalidades, enquanto a taxa Selic estava em torno de 10,5%.
O spread é, portanto, um indicador-chave da eficiência e lucratividade do sistema bancário, mas também reflete as condições econômicas e regulatórias do país.




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