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Você já ouviu falar em SPREAD BANCÁRIO? Eu explico.

O spread bancário é a diferença entre a taxa de juros que os bancos pagam para captar recursos (como em depósitos de poupança ou CDBs) e a taxa de juros que cobram ao conceder empréstimos ou financiamentos (como crédito pessoal, hipotecas ou cartões de crédito). Essa diferença é uma das principais fontes de lucro dos bancos.


Como funciona:


- Captação:

Os bancos remuneram depósitos com juros baixos. Por exemplo, pagam 2% ao ano em um CDB.


- Empréstimo:

Emprestam esse dinheiro a taxas mais altas, como 10% ao ano em um empréstimo pessoal.


- Spread:

A diferença (10% - 2% = 8%) é o spread, que cobre custos operacionais, riscos de inadimplência e gera lucro.


Fatores que influenciam o spread:


  1. Risco de crédito: Empréstimos com maior risco (ex.: sem garantia) têm juros mais altos, aumentando o spread.


  2. Custos operacionais: Despesas com agências, tecnologia e pessoal impactam o valor.


  3. Inadimplência: Bancos elevam o spread para compensar perdas com clientes que não pagam.


  4. Regulação e impostos: Normas do Banco Central e tributos podem encarecer operações.


  5. Concorrência: Em mercados competitivos, o spread tende a ser menor para atrair clientes.


No Brasil, o spread é historicamente alto devido a fatores como risco econômico, inadimplência elevada e carga tributária alta.


Por exemplo, segundo o Banco Central, em 2024, o spread médio para pessoas físicas em operações de crédito chegou a cerca de 30% ao ano em algumas modalidades, enquanto a taxa Selic estava em torno de 10,5%.


O spread é, portanto, um indicador-chave da eficiência e lucratividade do sistema bancário, mas também reflete as condições econômicas e regulatórias do país.

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