O que é Tesouro Direto?
- Márcio Silva

- 5 de mai.
- 2 min de leitura
O Tesouro Direto é um programa do governo brasileiro, criado em 2002, que permite que pessoas físicas comprem títulos públicos diretamente, via internet, com valores acessíveis (a partir de R$ 30).

Esses títulos são emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar atividades do governo, como saúde, educação e infraestrutura.
Em troca, o investidor recebe uma rentabilidade ao longo do tempo.
Como funciona?
Você empresta dinheiro ao governo ao comprar um título.
O governo devolve o valor investido com juros na data de vencimento ou conforme as regras do título.
A compra é feita por meio de uma corretora ou banco habilitado, através da plataforma do Tesouro Direto ou do site da corretora.
Tipos de títulos do Tesouro Direto
Os títulos variam conforme a rentabilidade e o objetivo do investidor:
1- Tesouro Selic (LFT):
Rentabilidade: Atrelada à taxa Selic (juros básicos da economia).
Características: Baixo risco, alta liquidez (pode resgatar a qualquer momento com perda mínima). Ideal para reserva de emergência.
Exemplo: Se a Selic está em 10% ao ano, o título rende próximo disso.
2- Tesouro Prefixado (LTN e NTN-F):
Rentabilidade: Taxa fixa definida na compra (ex.: 10% ao ano).
Características: Você sabe exatamente quanto vai receber no vencimento. Bom para quem acredita que os juros vão cair no futuro.
Risco: Se vender antes do vencimento, o valor pode oscilar.
3- Tesouro IPCA+ (NTN-B):
Rentabilidade: Combina uma taxa fixa (ex.: 5%) + a inflação (IPCA).
Características: Protege contra a inflação e é ideal para longo prazo (ex.: aposentadoria, compra de imóvel).
Exemplo: Se o IPCA for 4% e a taxa fixa 5%, o rendimento é cerca de 9% ao ano.
Vantagens
Segurança: É o investimento mais seguro do Brasil, pois é garantido pelo governo.
Acessibilidade: Valores baixos para começar (mínimo de R$ 30, dependendo do título).
Flexibilidade: Diversos prazos e tipos de rentabilidade.
Liquidez: Pode vender os títulos a qualquer momento (resgate em D+1).
Custos e taxas
Taxa de custódia: 0,25% ao ano sobre o valor investido, cobrada pela B3 (isenta para investimentos até R$ 10 mil no Tesouro Selic, desde 2023).
Taxa da corretora: Algumas cobram taxa para operar (muitas oferecem taxa zero).
Imposto de Renda: Incide sobre o lucro, com alíquota regressiva (22,5% a 15%, dependendo do prazo).IOF: Só se resgatar em menos de 30 dias.
Riscos
Risco de mercado: Nos títulos prefixados e IPCA+, o valor pode oscilar se vendidos antes do vencimento.
Risco de crédito: Praticamente inexistente, pois o governo é o devedor.
Como começar?
1- Abra conta em uma corretora ou banco habilitado (ex.: XP, Rico, Nubank, Inter).
2- Cadastre-se no site do Tesouro Direto (www.tesourodireto.gov.br).
3- Escolha o título conforme seu objetivo (curto, médio ou longo prazo).
4- Transfira o dinheiro e compre o título pela plataforma.
Exemplo prático
Você investe R$ 1.000 no Tesouro IPCA+ 2035, com taxa de 5% + IPCA.
Se o IPCA for 4% ao ano, seu rendimento bruto será ~9% ao ano.
Em 10 anos, com juros compostos, seu investimento pode crescer para cerca de R$ 2.300 (antes de impostos).
Dica:
O Tesouro Direto é ótimo para iniciantes e para diversificar investimentos.
Para reserva de emergência, prefira o Tesouro Selic.
Para objetivos de longo prazo, o IPCA+ é mais indicado.
Use o simulador no site do Tesouro Direto para comparar títulos.




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