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Como fazer o diagnóstico de sua situação financeira?

Para fazer um diagnóstico completo da sua situação financeira, siga este passo a passo de forma estruturada e prática:

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1. Levante suas receitas e despesas


Receitas:

Some todas as fontes de renda mensal (salário, freelas, rendimentos de investimentos, etc.). Considere a renda líquida (após impostos).


Despesas:

Liste todos os gastos mensais, separando por categorias:Fixas: Aluguel, contas de água, luz, internet, mensalidades (academia, streaming).


  • Variáveis:

Alimentação, transporte, lazer, compras.


  • Sazonais:

Impostos (IPTU, IPVA), presentes de fim de ano, viagens.Use extratos bancários, aplicativos de controle financeiro (como Mobills, GuiaBolso ou YNAB) ou planilhas para organizar.


Dica:

Anote tudo por 1-3 meses para ter uma visão realista, já que gastos podem variar.


2. Calcule seu saldo financeiro


Subtraia as despesas totais das receitas totais:


  • Saldo positivo:

Você gasta menos do que ganha, o que é ideal para poupar ou investir.


  • Saldo negativo:

Você gasta mais do que ganha, o que indica necessidade de ajustes urgentes.


  • Saldo neutro:

Você gasta tudo o que ganha, o que pode limitar sua capacidade de lidar com imprevistos.


3. Avalie suas dívidas


Liste todas as dívidas (empréstimos, cartão de crédito, financiamentos, cheque especial, etc.), incluindo:


  • Valor total devido.

  • Taxa de juros.

  • Prazo de pagamento.

  • Parcela mensal.


Priorize dívidas com juros mais altos (como cartão de crédito e cheque especial, que no Brasil podem ultrapassar 400% ao ano).


Considere negociar com credores ou consolidar dívidas em um empréstimo com juros menores.


4. Verifique sua reserva de emergência


Avalie se você tem uma reserva para imprevistos (doenças, desemprego, consertos). O ideal é ter de 3 a 6 meses de despesas básicas guardados em investimentos líquidos e seguros (como Tesouro Selic ou CDBs de liquidez diária).


Se não tiver, comece a poupar, mesmo que seja pouco (ex.: 5-10% da renda mensal).


5. Analise seus investimentos


Liste seus investimentos (poupança, ações, fundos, Tesouro Direto, etc.) e avalie:


  • Rentabilidade:

Está acima da inflação (IPCA)? Compare com benchmarks como CDI ou Ibovespa.


  • Liquidez:

Pode resgatar rapidamente se precisar?


  • Risco:

Está adequado ao seu perfil (conservador, moderado, arrojado)?


Se não investe, identifique quanto pode começar a aplicar, mesmo que sejam R$ 50 por mês.


6. Confira sua proteção financeira


  • Seguros:

Você tem seguro de vida, saúde ou para bens importantes (carro, casa)?

Avalie se são suficientes.


  • Previdência:

Está contribuindo para o INSS ou tem uma previdência privada?

Pense no longo prazo.


  • Planejamento sucessório:

Se aplicável, verifique se tem testamento ou planejamento para herança.


7. Calcule indicadores financeiros


Use essas métricas para ter clareza:


  • Taxa de poupança:

(Renda - Despesas) ÷ Renda.

O ideal é poupar pelo menos 10-20%.


  • Endividamento:

Dívidas totais ÷ Renda anual.

Acima de 30% é preocupante.


  • Cobertura de emergência:

Reserva ÷ Despesas mensais.

Abaixo de 3 meses é arriscado.


8. Identifique pontos de melhoria


Com base no diagnóstico, pergunte-se:


Onde posso cortar gastos?

Ex.: Assinaturas não usadas, refeições fora.


Como aumentar a renda?

Ex.: Bicos, venda de itens não usados, capacitação profissional.


Estou protegido contra imprevistos?

Se não, priorize a reserva de emergência.


Meus investimentos estão bem alocados?

Considere diversificar ou buscar ajuda de um planejador financeiro.


9. Crie um plano de ação


  • Curto prazo (1-6 meses):

Elimine dívidas caras, comece a reserva de emergência, corte gastos desnecessários.


  • Médio prazo (6-24 meses):

Aumente a poupança, invista regularmente, revise seguros.


  • Longo prazo (2+ anos):

Planeje aposentadoria, grandes objetivos (casa, estudos) e diversifique investimentos.


Ferramentas úteis:

Planilhas:

Google Sheets ou Excel (modelos gratuitos na internet, como do site "O Primo Rico").


Apps:

Mobills, Organizze, YNAB.


Calculadoras financeiras:

Use simuladores do Banco Central ou da B3 para juros compostos e investimentos.


Educacão financeira:

Leia livros como "Pai Rico, Pai Pobre" ou siga canais confiáveis (ex.: Me Poupe!, Gustavo Cerbasi).


Exemplo prático:


João, 30 anos:


Renda: R$ 4.000/mês.


Despesas: R$ 3.500/mês (R$ 2.000 fixas, R$ 1.500 variáveis).


Dívidas: R$ 5.000 no cartão (juros de 10% a.m.).


Reserva: R$ 1.000 na poupança.


Diagnóstico:


Saldo positivo de R$ 500, mas dívidas caras consomem o fluxo.


Reserva cobre menos de 1 mês de despesas.


Taxa de poupança: 12,5% (razoável, mas comprometida por dívidas).


Plano:

Negociar dívida do cartão para reduzir juros.

Cortar R$ 300 em gastos variáveis (ex.: delivery, streaming).

Destinar R$ 800/mês para quitar dívida em 7 meses.

Após quitar, direcionar R$ 500/mês para reserva de emergência.


Dica final:

Repita o diagnóstico a cada 6-12 meses ou quando houver mudanças significativas (novo emprego, aumento de despesas, etc.).


Se precisar de ajuda personalizada, considere um planejador financeiro CFP® (certificado pela Planejar).

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